Onda de Execuções Choca Moçambique: Três Polícias Mortos em Menos de Um Mês Levantam Alerta Nacional
Matola vive dias sombrios. Dois agentes da polícia moçambicana foram assassinados à queima-roupa na quarta-feira (03.07), elevando para três o número de polícias mortos em menos de um mês na província de Maputo.
Os casos, cada vez mais brutais, colocam em xeque a segurança das próprias forças de defesa e levantam dúvidas alarmantes: o que está realmente por trás dessas execuções?
As vítimas do atentado mais recente eram figuras de peso: um Inspetor Principal da PRM e um agente operativo do SERNIC. Eles foram emboscados por indivíduos desconhecidos, que, segundo a polícia, usaram três viaturas para bloquear o caminho e efetuaram cerca de 54 disparos com armas do tipo AKM.
Este episódio segue o padrão do ataque ocorrido no dia 12 de junho, também na Matola, onde o chefe de reconhecimento da Unidade de Intervenção Rápida foi executado com 50 tiros. O grau de precisão e organização dos criminosos leva especialistas a considerarem motivações que vão muito além do crime comum.
Não é um crime qualquer. Estamos diante de uma ação muito bem planejada. Pode ser ajuste de contas ou queima de arquivos dentro da própria corporação, alerta o jurista Roberto Aleluia.
A mesma linha de análise é seguida por André Mulungo, do Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), que aponta possíveis envolvimentos internos: Há indícios de que membros da polícia colaboram com redes criminosas. Essas mortes podem ser retaliações ou silenciamentos.
A hipótese de queima de arquivos preocupa ainda mais: agentes que possuíam informações sensíveis podem estar sendo eliminados. Apesar das graves suspeitas, a Polícia da República de Moçambique evita, por agora, pronunciar-se sobre as possíveis motivações, limitando-se a prometer investigações rigorosas.
“O Estado precisa reagir com urgência”, defende Aleluia. “Se matam agentes com tamanha frieza, o que resta para os cidadãos comuns?”
Em meio à crescente sensação de impunidade, a sociedade moçambicana exige respostas e medidas concretas. A escalada da violência contra as próprias forças de segurança não apenas fragiliza a confiança institucional, mas escancara a presença de estruturas paralelas e perigosas dentro do aparato de Estado. Leia Mais...
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