Traoré bane jogos de azar e protege juventude, enquanto Moçambique lucra com vício dos jovens
O governo de Burkina Faso, liderado por Ibrahim Traoré, acaba de dar um passo firme em defesa da juventude: proibiu todas as formas de jogos de azar e apostas desportivas no país. A decisão, anunciada publicamente, visa “proteger a sociedade e garantir o futuro dos jovens que estão a ser devorados pelo vício do jogo”, segundo nota oficial do Ministério da Comunicação burquinabê.
Traoré tem adotado uma postura nacionalista, voltada à soberania e à reconstrução do tecido moral da nação, marcada por conflitos e desigualdades. Em discurso recente, afirmou:
Não aceitamos que empresas que destroem famílias e alimentam o vício tenham espaço no nosso país, ainda que paguem impostos. Governar é pensar no amanhã da nossa juventude.
Enquanto isso, em Moçambique, o cenário é oposto. As casas de apostas operam com total liberdade, patrocinam clubes de futebol, eventos culturais e até canais digitais voltados para o público jovem. A Jogabets, Premier Bet, Mozzart Bet e outras plataformas multiplicam pontos físicos nas cidades, enquanto os sites online acumulam milhares de acessos diários.
De acordo com dados do Instituto de Supervisão de Jogos (ISJ), o mercado das apostas em Moçambique movimentou cerca de 4,7 mil milhões de meticais em 2023, representando uma crescente fonte de receitas fiscais. Porém, especialistas alertam: isso vem com um custo social elevado.
O sociólogo moçambicano Hermínio Mutisse declarou:
Estamos a trocar o futuro dos nossos jovens por receitas rápidas. O vício em apostas está a gerar dívidas, abandono escolar e pequenos crimes urbanos.
Nas redes sociais, cidadãos moçambicanos clamam por uma atitude mais responsável por parte do Estado. "O governo de Daniel Chapo vai permitir até onde? O que vale mais: o imposto da Jogabets ou o futuro da nossa juventude?", questiona um comentário viral no Facebook.
A falta de uma regulação rígida e de campanhas educativas reforça a dependência de muitos jovens, que veem nas apostas uma fuga ilusória à falta de emprego e oportunidades reais. A ausência de um plano estratégico para lidar com o impacto social das apostas é hoje uma das críticas mais recorrentes à governação moçambicana.
A lição vinda de Burkina Faso é clara: há líderes que escolhem o povo em vez do lucro. Leia Mais...
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