🔥 "Baixem as armas, não matem vossos irmãos!" — Implosão na Frelimo revela racha interno com ondas de purga até Dezembro.
O que começou como um grito de resistência nas ruas durante as recentes manifestações, agora ecoa dentro dos corredores do poder. As palavras de Venâncio Mondlane — “Baixem as armas, não matem vossos irmãos” — deixam de ser apenas apelo simbólico e se transformam em prenúncio de uma crise interna que ameaça a estabilidade do partido no poder.
Informações apuradas por fontes próximas ao núcleo da Frelimo revelam que a implosão já está em curso. Uma espécie de “varredura interna” estaria sendo conduzida de forma silenciosa, visando eliminar vozes dissidentes e reconfigurar o eixo de poder dentro da corporação política. Esta operação de expurgo, segundo relatos, deverá se estender até, pelo menos, os meses de novembro ou dezembro deste ano.
Crise que brota de dentro
A tensão é visível. Movimentos internos começaram a ganhar força logo após os protestos populares que abalaram várias cidades do país. Embora os focos públicos tenham se dissipado, os confrontos parecem ter migrado para dentro da própria estrutura do partido governante.
Venâncio, uma das figuras políticas mais vocalmente críticas da hegemonia da Frelimo, tem se posicionado com clareza contra o uso da força e contra o silenciamento da oposição. Seus alertas — que à época pareciam simples discursos de palanque — hoje ressoam como alertas proféticos.
Um plano com prazos e alvos
As ações internas de purga visam membros considerados “instáveis”, “desalinhados” ou mesmo suspeitos de alimentar ideias reformistas. A cúpula do partido estaria a operar num ambiente de desconfiança crescente, revisando lealdades e comprometendo estruturas antes consideradas sólidas.
O plano de reconfiguração interna não será abrupto, mas meticulosamente escalonado, com ações que podem culminar em suspensões, substituições, rebaixamentos e até expulsões silenciosas. “A palavra de ordem é: ou se alinha ou se retira”.
Impacto nas eleições e na estabilidade nacional
Com as eleições gerais previstas para 2029, o que está em jogo vai além da unidade partidária: trata-se da própria sobrevivência do modelo político que tem regido Moçambique desde a independência. Qualquer rachadura significativa dentro da Frelimo pode alterar drasticamente o equilíbrio político nacional.
Enquanto isso, opositores atentos, como o próprio Mondlane, observam cada passo com cautela estratégica, cientes de que uma eventual ruptura definitiva pode abrir espaço para novos protagonistas e, possivelmente, uma transformação real na paisagem política moçambicana.
O silêncio que se ouve nos bastidores da Frelimo não é paz, é a tensão de uma implosão em andamento. E se as previsões estiverem certas, os próximos meses serão decisivos para o futuro político do país. Quem sobrevive, quem cai e quem se ergue — ainda está por ser definido. Leia Mais...
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