Golpe Duro no Tráfico: Zimbabué Interceta Carregamento Massivo de Marfim e Detém Quatro Suspeitos

Numa operação que abalou as estruturas do crime organizado ambiental, a Polícia da República do Zimbabué (ZRP) desferiu um golpe certeiro contra o tráfico de marfim na passada sexta-feira, 30 de maio de 2025. 

Quatro indivíduos foram apanhados em flagrante delito na posse ilegal de uma quantidade chocante de marfim: 41 peças, totalizando uns impressionantes 237 quilos!

Os suspeitos, identificados como Masauso Nevhaya (48), Priscilla Chabata (52), Wonder Bozho (51) e Stanford Mbiriyakura (49), viram a sua atividade criminosa interrompida pela ação rápida e eficaz do Departamento de Investigação Criminal (CID), especificamente a unidade de Minerais, Flora e Fauna, em Braeside, Harare.

Agindo com base numa denúncia crucial, a nossa equipa deteve... [os quatro] por posse ilegal de 41 peças de marfim pesando 237kgs, confirmou o porta-voz da ZRP, Comissário Paul Nyathi. A detenção ocorreu em plena luz do dia, perto da Telecel Zimbabwe, na estrada de Seke, enquanto os suspeitos procuravam desesperadamente compradores para o produto sangrento.

A polícia descobriu inicialmente 35 presas de elefante escondidas em sacos castanhos dentro de um veículo Datsun Go. Mas a investigação não parou por aí. Diligências subsequentes levaram à descoberta de mais seis presas na residência de Priscilla Chabata, revelando a extensão da operação ilegal.

Este incidente lança, mais uma vez, uma luz crua sobre a ameaça devastadora que o comércio de marfim representa para as magníficas populações de elefantes do Zimbabué e de toda a região. Apesar das leis internacionais e dos esforços incansáveis de conservação, a procura insaciável por marfim continua a alimentar a caça furtiva e o tráfico global, empurrando estes gigantes gentis para a beira da extinção.

O Zimbabué, lar de uma das maiores populações de elefantes de África, especialmente no Parque Nacional de Hwange, tem sido um alvo constante. As fronteiras porosas e a sombra da corrupção transformaram o país num ponto de trânsito apetecível para os traficantes.Contudo, o país não está de braços cruzados.

Nos últimos anos, o Zimbabué tem intensificado a luta, reforçando as leis anti-caça furtiva e a sua aplicação, incluindo a criação de unidades especializadas no combate a crimes contra a vida selvagem.

A mensagem é clara: a tolerância é zero. Ao abrigo da Lei de Gestão de Parques e Vida Selvagem do Zimbabué, a posse ilegal de marfim acarreta penalidades severas – anos de prisão e multas pesadas aguardam aqueles que ousam desafiar a lei e ameaçar o património natural do país. Esta apreensão é mais uma prova do compromisso das autoridades em proteger a sua vida selvagem a todo o custo. Leia Mais...