Zelensky vai à Turquia sem Putin e Trump; guerra entra em nova fase de incerteza

Enquanto líderes mundiais se ausentam, Zelensky avança com tentativa de paz na Turquia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontra-se nesta quinta-feira (15) em Ancara para uma reunião crucial com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em busca de alternativas diplomáticas para o conflito com a Rússia. A ausência de figuras-chave como Vladimir Putin e Donald Trump levanta dúvidas sobre o real avanço das negociações propostas.

O Kremlin anunciou que Putin não participará diretamente das conversações, tendo nomeado uma delegação liderada por conselheiros e vice-ministros para representar Moscovo nas discussões marcadas para Istambul. Do lado norte-americano, Trump também descartou a ida à Turquia, embora assessores próximos afirmem que poderá comparecer posteriormente se considerar "apropriado".

Zelensky havia condicionado sua participação a um gesto claro de Moscovo, como a presença do próprio Putin, o que não se concretizou. Mesmo assim, o líder ucraniano decidiu avançar com a viagem e manter o diálogo com a Turquia, vista como um dos poucos mediadores com canais abertos tanto com Kiev quanto com Moscovo.

Enquanto a diplomacia se movimenta, o conflito no terreno não dá sinais de trégua. Durante a última noite, a Rússia lançou 110 drones sobre o território ucraniano, dos quais 62 foram interceptados pela defesa aérea da Ucrânia. As regiões de Sumi, Dnipropetrovsk, Poltava, Kiev e Ivano Frankivsk foram atingidas, com relatos de danos materiais.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, enfatizou que não há solução militar para o conflito, destacando a necessidade urgente de avanços diplomáticos. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou a pedir um cessar-fogo imediato, alertando que quanto mais cedo a paz for alcançada, menos vidas serão perdidas.

As expectativas estão agora voltadas para o resultado do encontro entre Zelensky e Erdogan, que poderá definir os próximos passos rumo a uma possível resolução do conflito iniciado em fevereiro de 2022. A incerteza paira, mas a movimentação diplomática reacende esperanças de um caminho possível para a paz. Leia Mais...