Escândalo das Dívidas Ocultas: Condenados Começam a Deixar a Cadeia Após Cumprirem Metade da Pena
Os primeiros condenados no emblemático caso das Dívidas Ocultas, considerado o maior escândalo de corrupção em Moçambique, começaram a ser libertos após cumprirem metade das penas atribuídas.
Cipriano Mutota, ex-funcionário do SISE e considerado o principal delator do esquema, foi o primeiro a abandonar a cela, seguindo-se Fabião Mabunda, envolvido diretamente com o casal Gregório e Ângela Leão.
Ângela Leão, por sua vez, deverá ser libertada ainda nesta segunda-feira, após ter completado a metade da pena de 11 anos de prisão, imposta em 2022.
A soltura ocorre após decisões judiciais com base na legislação vigente, apesar das elevadas quantias desviadas do erário público e da magnitude do prejuízo causado ao Estado.
Nos próximos meses, espera-se a libertação de outros reclusos condenados a 12 anos de prisão, como Armando Ndambi Guebuza, António Carlos do Rosário e Bruno Langa, que já cumpriram seis anos.
Apesar do cumprimento parcial das penas, pouco se sabe sobre a real recuperação dos bens desviados, estimados em mais de 100 milhões de dólares americanos.
O Ministério Público anunciou, entre 2020 e 2024, a recuperação de cerca de 8.3 mil milhões de meticais em ativos diversos. No entanto, continua sem fornecer dados específicos sobre os valores efetivamente restituídos no âmbito das Dívidas Ocultas. Leia Mais...
Tags
Ângela Leão
bens recuperados
Cipriano Mutota
Dívidas Ocultas
escândalo de corrupção
Gregório Leão
libertação de reclusos
Ministério Público
Moçambique
Sociedade
Tribunal Supremo